terça-feira, fevereiro 09, 2010

Já passou tanto tempo!
Parece outra vida...que não esqueci, é claro...mas outra vida!

E agora...estou grávida, do segundo filho!
Aos 40 anos, sem que nada pudesse prever...engravidei naturalmente. Depois de anos a fio a lutar por um filho, o Universo envia-me outro de bónus!

Devo ser boa mãe! Mais uma alma que me escolhe!
Estou imensamente feliz, a maternidade fez-me apreciar mais a vida e a minha feminilidade.
Mas esta segunda gravidez parece que nunca mais acaba...estou tão ansiosa por ter o meu novo bebé!

Não sei se faz sentido este post...o blog está abandonado há tanto tempo! Mas apeteceu-me!

segunda-feira, agosto 07, 2006

Resumo

Atendendo às várias mensagens recebidas...aqui fica um resumo..
O Baltasar nasceu no dia 1 de Junho, dia internacional da criança. Nasceu com 37 semanas porque a médica entendeu que ele não estava a engordar na barriga da mãe e poderia ser perigoso. Eu, com algum desgosto porque acredito na mãe Natureza aceitei, mas acho que se calhar ainda não estava na hora. Porque ainda estava a gostar de estar grávida e de sentir o bebé na barriguinha.
O parto foi induzido, mas depois de cerca de 12 horas sem grandes avanços, com o meu corpo (e se calhar a cabeça) e o bebé a recusarem-se a colaborar, decidiram fazer uma cesariana com epidural...ou seja...os sonhos da mãe de ter um parto que a completasse como mulher foram-se por água abaixo. Isto depois de estar com numa sala com mais 3 mulheres a parir ao mesmo tempo...(ai se fossem os homens a parir nada seria igual!).
As primeiras horas da vida do Baltasar a mãe passou-as a tremer do efeito da anestesia...só depois pôde curtir o bebé à vontade. O pai foi mandado logo embora porque não se admitem visitas fora de hora no hospital..(nem quando nasce um filho).
Este é o relato da parte menos boa. A parte que a mãe não teve como sonhou, porque a vida quase nunca é como a sonhamos. É muito mais intensa e avassaladora que os sonhos românticos que nos metem na cabeça. É que na verdade, como me disse uma voz amiga, perdemo-nos nos pormenores, mas um nascimento é sempre algo maravilhoso. Inesquecível. Com emoção como nunca pensei sentir! J

quinta-feira, junho 15, 2006

O nosso Baltasar nasceu ... é tudo tão intenso e maravilhoso!


quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Ecografia

Na segunda-feira fui à médica fazer a ecografia morfológica. Estava uma bocadinho nervosa...não sou muito a favor de ecos...mas queria que tudo estivesse bem...e estava.
Foi realmente maravilhoso...o bebé mexia..abriu a boca, pôs a língua de fora!!! O Rui disse-me que teve vontade de chorar. Acredito...é que eu sinto o bebé, é uma realidade em mim...por isso foi mais tocante para ele. Mas dormi muito mal. Fiquei agitada. Vamos mesmo ter um bebé!

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Estou grávida de 4 meses! E a gravidez tem decorrido da melhor forma possível. Ando feliz, bem disposta e saudável. Optimista, apesar dos receios naturais...
Mas ainda há momentos em que me custa acreditar que tudo isto esteja a acontecer comigo. Fico surpresa e feliz!!.......mas há um fardo enorme que ainda não me deixou...nem sei quando vai deixar... Foi muito tempo de tentativas, tratamentos, desilusões, foi muito tempo a crescer, a aprender, a aceitar um dia de cada vez!
Num cantinho da minha cabeça ainda sou de certo modo infértil... é um lado de mim que vou ter que desconstruir. Nem sei bem como. Mas ainda acredito que as respostas não estão todas neste milagre que cresce dentro de mim.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Your children are not your children.
They are the sons and daughters of LIFE's longing for itself.
They come through you but not from you,
and they are with you yet they don´t belong to you.

You may given them your love but not your thoughts,
for they have their own thoughts.
You may house their bodies but not their souls,
for their souls dwell in the house of tomorrow,
Which you cannot visit, not even in your dreams.
You may strive to be like them but seek not to make them like you.

From The Prophet, Kahil Gibran

Impressões

Hoje vieram cá a casa as meninas da Segurança Social. O processo de adopção tem tempos de espera desesperantes e inconcebíveis... mas elas são uma simpatia!

Na segunda feira vou fazer um teste de rastreio pré-natal!
Espero que esteja tudo bem que eu não estou com vontade nenhuma de fazer uma amniocentese. Farta de lidar com probabilidades estou eu.. e o risco de perder este bebé não me agrada nada... estou ansiosa e sem saber o que pensar!

sexta-feira, outubro 28, 2005

Para a Maria

Na última aula de yoga a professora pediu-nos para pensar em partes cada vez mais pequenas do nosso corpo. Até chegarmos às células. E vermos como todas são importantes e fazem parte daquilo que somos neste momento. Depois pediu-nos para pensarmos em nós como pequenas partes do Universo e vermos como somos importantes. E somos. Temos é funções e caminhos diferentes.
Isto tudo, minha querida, para lhe dizer que tem que encontrar a sua paz e o seu caminho. Eu não sei se realmente vou ser mãe biológica. Mas acho que os tratamentos e tudo o que passei até agora foram essenciais para perceber o que lhe tento transmitir agora. Se calhar só engravidei porque percebi que ia ser feliz de qualquer maneira. Ser mãe biológica não pode ser a única razão de aqui estarmos!
Talvez não seja o momento para aceitar estas palavras...mas quem sabe daqui a um tempo elas ajudam!
Foi uma semana cheia. Na terça fomos à entrevista social do processo de adopção. Estávamos um bocado tensos com a reacção à notícia da gravidez mas a assistente social foi impecável e incentivou-nos a continuar o processo, como era aliás nossa vontade. Vim bem mais aliviada para casa.
Ontem fui fazer a ecografia de confirmação da gravidez. Reconheço que estava nervosa, mas quando ouvi o coração do bebé fiquei sinceramente comovida. O Rui ainda mais que eu. Depois ainda fomos falar com os outros médicos que insistiam em dar-nos os parabéns e nós sempre a dizer "ok ok um dia de cada vez". Eles acharam compreensível.
Agora vou ser acompanhada pela minha ginecologista de sempre...já liguei a marcar consulta.

E na verdade não mudou quase nada. Continuo a levar um dia de cada vez. Tenho que digerir isto tudo. Estou muito feliz mas não sinto qualquer vontade de festejar. Ou melhor, festejo vivendo, sem histerismos.